"Quanto anos eu tenho? Qual é meu verdadeiro nome? Eu tenho família? Por que eu sou dessa forma?” pensaria pela milionésima vez hoje, sabendo que não seria fácil descobrir qualquer uma dessas respostas, afinal já estava nesse forma a séculos e até agora só tinha havia recuperado fragmentos de memórias que não indicavam nada, mas mesmo eu me agarrava com todas as minhas forças a esses fragmentos tentando junta-los de alguma forma para que talvez encontre alguma pista, infelizmente não tive sucesso de descobrir nem meu próprio nome até agora, mas era a vontade de descobrir meu passado que me fazia querer “viver”, era por essa vontade que saia paras as ruas todas as noites para caçar,"Caçar...” pensaria lentamente como se estivesse saboreando cada palavra não dita"Quero mais lembranças!!!” pensaria com mais força, com esse pensamento minha boca começaria a se abrir mas antes que minha pele fosse rompida me conteria "ainda.. não ... tenho que me controlar, qualquer erro que cometer perco tudo... tudo que lutei por séculos ...”.
Provavelmente estaria em uma das casas abandonadas que ficava durante o dia, mais especificamente estaria entre a parede que ligava um quarto ao outro da casa, no canto mais escuro da casa, estaria sem mexer um músculo, pois sabia pela experiência de vida que possuía que os olhos são atraídos para aquilo que se meche, ficar imóvel em um canto escuro somado com minha transparência me tornavam quase invisível, ficara lá até estar tarde da noite, provavelmente de madrugada, em uma cidade como Naspera era fácil saber quando era de madrugada, era simplesmente esperar que o barulho dos habitantes da cidade sumissem, ainda existiriam algum animais e guardas fazendo barulho, mas a diferença do barulho de Naspera de dia e de noite eram complementes diferentes, era desse modo que eu sabia diferencia o dia da noite, até hoje não havia falhado, mas por via das duvidas, quando o barulho da rua quase fosse nulo passaria meu rosto somente o suficiente para ver o outro lado da parede que desse para fora da casa, se percebesse que fosse de noite sairia da casa, se fosse de dia voltaria para o lugar que estava e ficaria até que chegasse a noite para que pudesse sair.
Uma vez lá fora não teria problema nem um em me mexer discretamente, pois conhecia a cidade como a palma da minha mão, iria sempre caminhar pelos becos menos iluminados em uma velocidade lenta, não me preocuparia em fazer barulho, pois eu não fazia nem um, meus pés nem tocavam o chão, e passava por tudo que trombava caso percebesse algum barulho próximo de mim pararia de me mover imediatamente, torcendo para que não tivessem me notado, uma vez parado, moveria meus olhos até a fonte do barulho, se possível ser mexer a cabeça para isso, se notasse que não apresentava perigo continuaria com a minha caminhada, mas se percebesse que apresentava ameaça continuaria parado esperando a ameaça se afastar de mim, torcendo para que não tivesse me notado, se ela tivesse me notado não entraria em pânico, apenas analisaria o cenário em minha volta e a situação tentando bolar uma estratégia, se durante minha caminhada tivesse que passar por um trecho iluminado, tentaria me certificar que não havia nem uma pessoa próxima para então passar rapidamente pelo o trecho iluminado procurando a segurança das sombras do outro lado, onde poderia voltar para minha velocidade lenta.
Não caminharia sem rumo, iria em direção a casa de uma das crianças que conhecia, e tentaria ver se ela mostrava sinais de atividade ( alguma luz ou barulho vindo da casa) se tivesse algum sinal esperaria em algum canto escuro por 3 horas após o sinal de atividade ter acabado, quando se vive tanto tempo quando havia vivido paciência é uma coisa que vem naturalmente, quando desse as 3 horas entraria na casa, não pela porta, mas sim por uma parede de preferencia a do banheiro, uma vez lá dentro procuraria o quarto do garoto, mas antes de ir para outro quarto sempre atravessaria somente o necessário para ver o outro quarto, se percebesse que o quarto não oferecia nem um perigo avançaria para o próximo, se apresentasse iria voltar para o quarto anterior e faria outro caminho, faria isso até chegar o quarto da criança , uma vez no quarto do mesmo não atacaria de imediato, mas ficaria parado analisando o quarto do garoto na tentativa de descobrir qualquer futura complicação.
ADM.Buggy
Assunto: Re: Vagando I Ter Dez 29, 2015 4:59 pm
As portas dos estabelecimentos se fechavam. O sol, totem de conforto e alegria, encontrava seu fim no horizonte. A escuridão descia sobre a terra, encobria tudo com seu manto negro. Uma lua erguia-se no céu, uma peculiar, cor de sangue. O vento uivava pelas ruas de Naspera, o frio fazia as sentinelas perderem sua concentração. A cidade logo caiu no sono, e o silêncio tomou posse. Um momento perfeito para caçar.
Pelas ruelas sombreadas de Naspera, uma criatura perambulava, sem emitir um único som. Ela levitava ligeiramente, e deslizava suavemente sobre o solo. Ele se misturava ao cenário escuro de Naspera, e ficava quase invisível. Ele era um vulto que assombra alguém, mas que ninguém tem certeza que realmente existe. Um verdadeiro fantasma, uma aparição sem futuro nem passado, apenas algo errante, ligado ao nosso mundo por uma estreita corda. E ele tinha fome.
Logo, ele se encontrou em frente a uma casa de dois andares. Silenciosa e escura, assim como ele. Era hora de se alimentar, porém não do jeito clássico. Ele entrou por uma parede qualquer, por não ver o que era do outro lado. Ao passar dentro da casa, ele viu um cachorro cochilando sobre o tapete, roncando alto. Era a sala de estar, e uma lareira enorme se erguia no centro da peça. I Leon começou a vasculhar o primeiro andar, em busca de uma criança, e entrou primeiro em uma cozinha. Fria, vazia, silenciosa. Visivelmente aquela família havia dificuldades em comprar comida, dada a sua escassez. Depois, entrou em um pequeno escritório, com uma escrivaninha, uma cadeira, um pote de tinta e alguns papéis. Sem encontrar a criança, a aparição subiu as escadas. Neste mesmo momento, ouviu-se sons de garras coçando o chão de madeira.
I Leon a encontrou na primeira sala que procurou. Era uma menina no começo de sua vida, sem ter passado dos dez anos. Ela agarrava um urso de pelúcia com força, e um dedo seu estava em sua boca. Ela se revirava de um lado para o outro, como se estivesse incomodada por algo, como se sentisse a presença do fantasma. O espectro se aproximou dela e começou a deleitar-se com sua carne, quando ouviu um latido altíssimo e estridente, seguido de muitos outros. O cachorro o havia seguido, e, apesar de estar camuflado por entre as sombras, o animal consegui sentir de alguma forma sua presença. Ele estava atrás da porta, e não cessava de latir. Logo, vários passos apressados e pesados podiam ser ouvidos no corredor.
A caminhada até a casa da minha vitima foi melhor do que esperava, sem surpresas e a casa onde planejava caçar estava escura, indicando que todos estavam dormindo, então não tive dificuldades nem uma de chegar ao quarto do meu alvo,devo admitir ela era uma linda criança,tão bonitinha abraçando seu ursinho,quase angélica, eu não tinha nem um prazer em mata crianças, somente era o modo mais fácil para conseguir minhas lembranças de volta, e para conseguir minhas lembranças de volta eu faria qualquer coisa, estava preste a atacar a criança angelical quando ouvi barulho de latidos, e parecia estar acompanhado de outros barulhos provavelmente humanos , rapidamente avaliaria a situação e decidiria que não valeria a pena me arriscar, olharia para a jovem criança pela ultima vez e pensaria não exatamente triste "Sua sorte foi maior que a minha...criança.." pensaria já me afundando no solo do segundo andar com o objetivo de chegar rapidamente no térreo, assim que chegasse lá flutuaria rapidamente para a parede mais próxima para a parede mais próxima que desse para fora da casa, não me importaria se alguém me visse tentaria correr rápido o suficiente para que ele não tivesse chance de me atacar, se ele atacasse tentaria ignorar e continuar minha corrida.
Se ninguém tivesse me visto diminuiria minha velocidade e continuaria a andar, indo sempre para os lugares mais escuros atento a qualquer barulho que pudesse indicar ameaça, se ouvisse algum barulho pararia de me mexer de imediato e procuraria a fonte do barulho tentando mexer somente os olhos, mas se não conseguisse viraria o pescoço lentamente até achar a fonte do barulho,não tinha nem um osso ou músculo que impedia de virar livremente meu pescoço isso se provou bastante útil ao longo dos anos,se percebesse que era inofensiva continuaria andando, se percebesse que forneceria uma ameaça, continuaria imóvel até depois que ela partisse por aproximadamente 5 minutos, se percebesse que ela me viu , ou se alguém da casa tivesse me seguindo, não perderia tempo e me afundaria no próprio solo, debaixo da terra devo admitir que era estranho, tudo completamente preto, então não poderia dizer na onde eu estava, podendo apenas escolher uma direção qualquer e contar com a sorte, no meu caso viraria para esquerda e seguiria reto, contaria até 200 mentalmente então sairia do solo apenas o suficiente para enxergar se percebesse alguma ameaça voltaria para o solo e usaria o mesma estratégia para me distanciar e procuraria outro lugar, se percebesse que o lugar é seguro, iria até o lugar mais sombrio e ficaria lá , provavelmente não demoraria muito para me localizar, não em uma cidade que vive mais de uma milênio.
Uma vez que havia me localizado, iria até outra casa qualquer que estivesse sem sinal de atividades (toda escura) andaria tentando ser o mais furtivo possível, tentaria evitar somente as casa que eu sabia que era de guardas , contaria somente com a sorte para achar outra casa que possuía criança mas sempre tentaria entrar na casa pela parede do banheiro, e iria caçar a criança atravessando parede por parede, mas primeiramente sempre atravessaria somente o suficiente para ver do outro lado, se percebesse alguma ameaça nem entraria no cômodo, mas tentaria achar a o quarto da criança, uma vez que encontrasse não atacaria de imediato analisaria friamente a situação em busca de qualquer ameaça, se percebesse que a casa não era segura ou que tinha cachorro iria para a próxima casa e usaria a mesma estratégia.
O cachorro havia interrompido a sede por almas do espectro, latindo e prevenindo toda a família de sua presa. Porém ele não estava triste ou desapontado, como poderia? Os sentimentos haviam há eras desaparecido de sua mente, que agora era apenas recipiente vazio. Ele começou a passar pelo assoalho do segundo andar, desaparecendo, quando um homem robusto, com corpo e barba de lenhador, entrou no quarto batendo a porta com força, emitindo um baque altíssimo. O pai viu apenas a cabeça do espectro, porém já realizou do que se tratava: uma assombração.
O homem estava desesperado, para dizer o mínimo. Ele desceu a escada como uma avalanche, e pegou um machado usado em seu ofício. Correu para fora de sua casa, mas a aparição já havia sumido, emaranhada no labirinto de edifícios e protegida pela noite. Mas o homem era persistente; ele gritava nas ruas, chamando companheiros pelo nome, durante vários minutos, até que todo o bairro estivesse acordado, e algum armamento nas mãos, seja um machado, um tridente de fazendeiro, uma clava improvisada ou uma tocha. Era uma multidão enfurecida, e estavam atrás do espectro que banqueteava-se com almas.
I, porém, não possuía conhecimento dessa aglomeração de pessoas, apenas ouvia alguns ruídos distantes vindos de trás dele, algo como gritos, porém não de sofrimento, mas de inspiração e de incentivo. O espectro começou a apertar o passo, receoso deste barulho crescente, mas sua mente continuava vazia. Enquanto ele se distanciava da multidão, ele ouviu um barulho em sua frente. Três pessoas, trajando um manto vermelho-sangue com capuz, rodearam o espectro. Antes que I possa ter entrado no solo, uma das figuras lançou um chicote mágico e laçou a aparição. Era extremamente raro que algo pudesse prender I, mas o mago conseguiu. Outra das figuras se avançou e declarou ao espectro, desafiador:
Você vai ajudar nossa seita, não vai? Ah, você não tem escolha... HIAHIAHAIAHAI. Vamos, Kuryl, puxe a criatura.
Como um caubói puxando uma vaca, Kuryl, o mago que o havia laçado, levou I por meio de becos aparentemente infinitos, onde mal passava um cachorro. Após meia-hora, finalmente o trio de magos parou. Um deles abriu um alçapão de madeira no chão, e todos entraram. I foi levado a uma jaula mágica, controlada por um dos três magos. O outro estava revirando alguns livros, e o último recitava alguns versos incompreensíveis. Foi neste momento que o espectro percebeu que estava sobre um pentagrama.
Como esperava tive sucesso em escapar rapidamente da casa, afinal nem uma parede normal poderia me prender, novamente segui para a segurança da escuridão a procura de um novo alvo, mas não importa quanto tempo de vida você tenha, a vida sempre consegue te surpreender, antes que me desse conta três pessoas vestidas de vestes vermelhas me cercaram, tentei me esconder no solo, mas antes que conseguisse um dos que estavam vestido de vermelho me lançou algo que me prendeu, eu sabia o que era"Magia!!" pensaria olhando no fundo dos olhos do que me capturou, mas sem expressar qualquer emoção”quem diabos são eles? Eles não podem ser guardas...guardas não usam magia, não nessa cidade” continuaria pensando tentando buscar uma reposta mas a fala de um dos de vermelho interrompeu meus pensamentos-Você vai ajudar nossa seita, não vai? Ah, você não tem escolha... HIAHIAHAIAHAI. Vamos, Kuryl, puxe a criatura- antes que pudesse protestar eles me levaram para seu esconderijo me arrastando, não reagi, embora em qualquer outra ocasião teria reagido, mas talvez devido ao choque de ter sido capturado facilmente, ou talvez a magia do oponente tivesse algo que me paralisasse, ou o mais provável, pode ser por causa que meu narrador é um viado com voz de pedófilo que literalmente é um lixo no lol e desconta suas frustrações nos narrados.
Meu senso de tempo era um pouco diferente do que pessoas normais, afinal depois de viver por um milênio horas não são nada, então para mim a caminhada até o esconderijo foi rápida, chegando lá me deixaram em uma jaula dentro de um pentagrama, ”Quem diabos são eles? Primeiros eles falam para ajudá-los e agora me jogam em uma jaula sem falar nada? Eles são burros ou algo do tipo? “ pensaria questionando seriamente a inteligência de meus carcereiros,( e do narrador) enfim ficaria parado apenas olhando para o homem que havia comandado o outro, havia presumido que ele era o líder, se me questionasse que entendia o que eles falavam apenas balançaria que sim com a cabeça, e esperaria o desenrolar da historia,gostaria de conversar com eles, mas depois de ficar tanto tempo com a boca lacrada, o único som que era bom em emitir era um rugido fantasmagórico, o que achava que não ajudaria muito, meu rosto sempre seria uma mascara sem emoções e meu olhar sempre estaria carregando um olhar vazio e sem vida, mesmo que me libertassem continuaria parado sem me mexer, ”Ainda não é hora de matá-los, ainda não espere ele estarem com a guarda baixa,” pensaria se me libertasse, na realidade no fundo no fundo eu era grato a eles, graças a eles eu descobri outro traço de minha personalidade, eu descobri que eu realmente odiava ficar preso e que faria de tudo para eliminá-los, um por um.